Sábado, 19 de Maio de 1906João Franco assume a chefia do Governo00394

Face ao desprestígio dos dois principais partidos, o Progressista e o Regenerador, e a queda sucessiva dos ministérios organizados por cada um deles, o rei chamou
João Franco, chefe do Partido Regenerador-Liberal.
Em nome do «respeito sagrado pelas garantias individuais e a prática de um verdadeiro sistema representativo», João Franco dizia pretender "governar à inglesa", desenvolvendo a instrução e afastando-se do proteccionismo e do favoritismo reinantes na administração pública portuguesa.
O governo incluía José de Abreu do Couto de Amorim Novais (Justiça), Ernesto Driesel Schröter (Fazenda),
António Carlos Coelho de Vasconcelos Porto (Guerra), Aires de Ornelas e Vasconcelos (Marinha), Luís Cipriano Coelho de Magalhães (Estrangeiros) e
José Malheiro Reimão (Obras Públicas).
As alegadas boas intenções deste novo governo foram rapidamente ultrapassadas pela proibição de realização do congresso pedagógico que deveria reunir-se em Coimbra a 24 de Maio e da festa que haveria de celebrar-se em todas as escolas do país alguns dias depois, suspendendo também o director-geral da instrução pública, Abel de Andrade. Embora, a 29 de Maio, decretasse uma amnistia para os delitos de imprensa.
ano:
1906 | tema:
Vida Política