Domingo, 19 de Janeiro de 1919Proclamação da "Monarquia do Norte"039707
É proclamada a "Monarquia do Norte", também conhecida por "Monarquia do Monte Pedral", o local da sua proclamação, ou "Reino da Traulitânia", devido à acção violenta dos trauliteiros monárquicos que perseguiram os republicanos, nos vinte e cinco dias que durou este movimento.
Tropas do Porto, a que se juntou
Paiva Couceiro, proclamaram a restauração da monarquia. A bandeira azul e branca flutuou no Porto, Viana do Castelo, Guimarães, Bragança, Braga, Lamego, Viseu e Vila Real. Chaves resistiu com o republicano tenente-coronel Ribeiro de Carvalho e António Granjo. Aveiro continuou republicana. A Junta Governativa do Reino era constituída por Paiva Couceiro e António Solari Allegro com a pasta do Reino; Visconde de Banho com os assuntos Eclesiásticos, Justiça e Instrução,
João de Almeida foi nomeado (mas não aceitou) para a pasta da Guerra, Marinha e Comunicações, Luís Cipriano Coelho de Magalhães para os Estrangeiros; Artur da Silva Ramos nas Obras Públicas, Correios e Telégrafos; Conde de Azevedo sobraçou a pasta da Agricultura, Comércio, Indústria e Trabalho.
A Junta Governativa começou logo a legislar, sendo de referir as medidas de ordem simbólica, numa tentativa de "apagar a República", substituindo o hino, a bandeira e a moeda. Depois de sufocada a revolta monárquica no sul, os republicanos atacam a Monarquia do Norte. As vitórias republicanas sucedem-se: dia 27 de Janeiro em Águeda; a 10 de Fevereiro tomam Lamego; a 11, Estarreja; a 12, Oliveira de Azeméis e Ovar. Antes das tropas republicanas chegarem ao Porto, a 13 de Fevereiro de 1919, um levantamento na "Guarda Real" (como fora designada a Guarda Republicana) desfraldaria a bandeira verde rubra.
ano:
1919 | tema:
Violência (política)